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Academia de Letras, Cultura e Artes do Centro-Oeste
A L C A R T E S
Fundada em 15 de setembro de 1987
CADEIRA 28
PEDRO MARTINS MORAES
Pedro Martins Moraes nas eu na Barra do Rio Grande, Estado da Bahia, no ano de 1898. Foi, muito jovem, para o Rio de Janeiro, onde serviu o Exército. Apaixonado por grandes aventuras, foi para o Centro-Oeste, radicando-se por alguns anos em Santa Luzia das Marmeladas, hoje Luziânia, no Estado de Goiás. Em 1925, casou-se com Josefina Martins da Cunha e, em sua companhia, embrenhou-se pelos sertões do Mato Grosso, percorrendo as regiões garimpeiras de Cassununga, Guiratinga, Baliza, Aragarças, Barra do Garças. Estes lugares eram pródigos em diamantes e propiciaram grandes negócios em venda de secos e molhados.
Em Cassununga, nasceu sua única filha, Maria Martins.
Em 1933, Pedro Martins voltou à Bahia em busca da sua família, que era de poucos recursos, para morar consigo na região do Araguaia. A viagem de seus irmãos e familiares, cerca de sessenta pessoas, foi feita parte a cavalo e parte a pé.
Estabeleceu-se com grande comércio no povoado do Deixado, hoje desaparecido, estendendo seu comércio a Aragarças e Barra do Garças, inclusive garimpos das redondezas.
Suas compras eram feitas diretamente em Uberlândia e vinham em caminhão de sua propriedade, o primeiro a rodar nas estradas da região, por um carreador que ligava Jataí `Baliza, via e Bom Jardim de Goiás e de Baliza descia o rio em barcos.
Em Uberlândia, em 1943, conheceu o Ministro João Alberto Lins de Barros que acompanhava a Expedição Roncador-Xingu, saída do Rio de Janeiro, rumo ao Xingu, tendo como ponto de partida o município de Leopoldina, hoje Aruanã. Pedro Martins e João Alberto fizeram amizade e se identificaram nos objetivos da Expedição.
Pedro Martins, profundo conhecedor do Vale do Araguaia, orientou o Ministro João Alberto a mudar seu roteiro e passar para Barra Goiana, hoje Aragarças., povoado garimpeiro próximo ao Deixado, que era maior povoado à época. E isto foi feito.
Com a criação da Fundação Brasil Central, absorvendo a Expedição Roncador-Xingu, Pedro Martins foi o maior fornecedor dos servidores da Fundação, mudando-se definitivamente para Aragarças.
A estrada que liga Bom Jardim a Aragarças foi feita por Pedro Martins e Rafael Cardoso de Moraes, comerciante de Barra do Garças, sem nenhuma ajuda oficial, apenas para servir ao seu transporte de mercadorias e aos moradores da região.
Pedro Martins contratava turmas de operários para os serviços da Fundação, como: construção de casas, de estradas, campos de pouso para aviões e desmatamentos, além de fornecer gêneros alimentícios de primeira necessidade.
Já muito idoso, mudou-se para Trindade/Goiás, onde faleceu.
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