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CADEIRA 20

LUIS DE ALBUQUERQUE DE MELO PEREIRA E CÁCERES

Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres nasceu em Vizeu, Portugal. Foi, sem dúvida o maior administrador de Mato Grosso nos tempos coloniais. Foi o 4º governador e Capitão General da Capitania de Mato Grosso, nomeado por Carta Régia de 3 de julho de 1771. Tomou posse do cargo em Vila Bela em 13 de dezembro de 1772 e governou a Capitania por 16 anos, 11 meses e 7 dias.

Luís Albuquerque se destaca como incomparável lutador, mesmo atropelado por obstáculos internos e espicaçado por fatores internacionais. As relações diplomáticas entre Portugal e Espanha não eram boas. Luis Albuquerque veio consolidar a posse da Corôa Portuguesa em terras mato-grossenses. Para esse fim determinou a ocupação do Fecho dos Morros no Baixo Paraguai, onde fundou o Forte Coimbra em 1775.

Como governador, perscrutou todos os ramos da administração pública, desde providências de ordem local ao complicado problema de limites, cujas bases soube preparar com tamanha e tanta clarividência que nelas se amparam as negociações concluídas quase cem anos depois. Aí reside o maior padrão de glórias, e daí vem a auréola que lhe circunda o nome e que cresce de geração a geração.

Em 1778 fundou o povoado de Albuquerque, hoje Corumbá. A 6 de outubro do mesmo ano fundou Vila Maria, hoje Cáceres. A seguir em 1771 fundou São Pedro de El-Rei, atualmente Poconé. Essas povoações foram fundadas em pontos estratégicos, assegurando a conquista dos rios Paraguai e Guaporé.

Governou a Capitania até 1789 sendo substituído por seu irmão João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.

Regressou a Portugal e foi nomeado membro do Conselho dos Negócios Ultramarinos. Em 1980 manda estabelecer entre Cuiabá e Goiás o Registro de Ínsua, atual Alto Araguaia. O seu golpe político que prostou o adversário foi a fundação de Vizeu à margem esquerda do Guaporé, que o Tratado de 1767 deixou para a Bolívia. A repercussão desse fato abalou Madrid que deu pressa à conclusão do Tratado de 1777, cujas cláusulas deixaram ver o intuito de amparar as incursões dos mais ambiciosos dos governadores.

À sua ação enérgica deve o Brasil a atual extensão territorial do Estado do Mato Grosso.

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