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CADEIRA 08

ESTEVÃO ANASTÁCIO MONTEIRO DE MENDONÇA

Esse mato-grossense ilustre nasceu em Santo Antonio da Barra, distrito de Barão de Melgaço, município de Santo Antonio do Leverger, aos 25 dias de dezembro de 1869 e faleceu em Cuiabá a 2 de dezembro de 1949.

Filho de João Anastácio de Mendonça e dona Hermenegilda Fialho de Mendonça, foi professor de Geografia e História, catedrático por concurso do Liceu Cuiabano.

No exercício do seu magistério, notabilizou-se, como exímio conhecedor da matéria, vindo a tornar-se um dos mais destacados cultores da Geografia e da História em todo o Estado de Mato Grosso. Foi diretor da Repartição de Obras Públicas do Estado, Inspetor Federal do Liceu Cuiabano, Membro do Conselho Consultivo do Estado, Juiz Efetivo do Tribunal Regional Eleitoral, membro do Conselho Administrativo do Estado, Delegado da Expedição Científica do Brasil. Fundou a Biblioteca Pública do Estado e foi seu primeiro diretor.

Suas obras “Quadro Coreográfico do Mato Grosso” e “Datas Mato-grossenses” são os melhores testemunhos de sua cultura, do seu profundo respeito ao passado e do seu acendrado amor à terra natal. Graças a esta faceta característica do seu talento, encheu de regozijo todo o Mato Grosso ao vê-lo fazer parte muito honrosa e distinta do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, como sócio correspondente. Tornou-se uma das figuras de maior projeção do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, do qual foi um dos fundadores, do Instituto Histórico de São Paulo, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, dos Institutos Históricos de Sergipe, do Pará e Paraná. Foi Sócio Fundador da Sociedade Capistrano de Abreu, da Academia Mato-grossense de Letras e da Associação de Imprensa Mato-grossente. Recebeu a medalha Regnell da Real Academia de Ciências da Suécia.

No jornalismo mato-grossense, seu nome destacou-se como estrela de primeira grandeza. Foi o maior historiógrafo de Mato Grosso.

Publicou, entre outras, “Uma Caturrice”. “Retalhos de Vida”, além de outros trabalhos; publicou na Revista do Instituto Histórico de Mato Grosso “Ruas de Cuiabá”, “Tipos de Rua” e “Memórias de um Cuiabano”; colaborou no Almanaque de Mato Grosso (1904 e 1905), Almanaque Popular do Rio Grande do Sul, Almanaque Garnier. Fundou e dirigiu com Antônio Fernandes de Sousa a revista “O Arquivo”, o jornal “A Vespa” e o “O Comércio”, a “Revista da Semana” e “A Seleta”.

Estevão de Mendonça exerceu outras funções importantes: Foi tipógrafo, foi advogado provisionado e, em todas as atividades, demonstrou sempre os seus atributos de inteligência e de honestidade. Ocupava a cadeira nº 11 da qual é Patrono o Almirante Augusto Leverger – Barão de Melgaço.

Encontra-se sepultado no Cemitério da Piedade ao lado do túmulo do Barão de Melgaço, sepultura perpétua que a prefeitura de Cuiabá lhe concedeu, em reconhecimento aos serviços prestados à Capital do Estado. As gerações que o conheceram, o admiraram e o reverenciaram. E, as que depois dele vierem, bendirão o seu mérito e eternizarão a sua memória.

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