CADEIRA 25

Nasceu na cidade de Goiás (então capital do Estado) a 23 de outubro de 1891. Fez o curso primário na Escola da Mestra Inhola e o secundário no Liceu de Goiás. Filho do Dr. Teixeira Alvares e de sua esposa dona Josefina Ludovico de Almeida.

Diplomou-se médico na Escola de Medicina do Rio de Janeiro em 1915. Clinicou primeiro em Bela Vista e depois em Rio Verde.

Tomou parte nas revoluções de 22, 24 e 30 sendo que nesta última foi aprisionado quando comandava uma tropa contra o governo. Levado preso para Goiás, ao chegar lá, já findava a revolução que estava vitoriosa. Fez parte da Junta Provisória e depois foi nomeado Interventor do Estado. Governou Goiás durante a presidência de Getúlio Vargas. A 20 de abril de 1935, eleito pela Câmara, foi empossado Governador do Estado tendo antes avisado aos deputados que o elegeram ser sua principal meta construir uma nova capital.

Apesar da grande oposição que encontrou, construiu a cidade de Goiânia e para lá transferiu o governo. A mudança se fez em duas etapas. A primeira provisória, a 4 de dezembro de 1935. A segunda, definitiva pelo Decreto 1816 de 23 de março de 1937.

Pedro Ludovico foi eleito Senador da República por três mandatos. No último, depois da Revolução de 1964, teve seu mandato cassado (1969).

Também foi deputado eleito em 1946. Na última entrevista concedida à imprensa, rejeitou a anistia dizendo que “anistia” significa “perdão” e que em toda sua vida nenhum crime cometeu para ser anistiado.

Pedro Ludovico também foi jornalista tendo sido redator de “O Sertão” e da “Voz do Povo”.

Com Atanagildo França, Almeida Barros, Ricardo Campos e Teódulo Emrich, fundou o jornal “O Sudoeste”.

Médico humanitário, atendia em sua residência os operários construtores de Goiânia e suas famílias sem qualquer retribuição e, muitas vezes pagava as receitas que indicava.

Foi membro da Academia de Letras de São Paulo, eleito por unanimidade a 16 de julho de 1942.

Faleceu em Goiânia a 16 de agosto de 1979.