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CADEIRA 29

DOM FRANCISCO DE AQUINO CORRÊA

Arcebispo Metropolitano de Cuiabá, cognominado “O Príncipe das Letras Mato-grossenses” foi, além de poeta, o maior orador sacro de sua época no Brasil.

Nasceu esse virtuoso prelado em Cuiabá, aos 2 de abril de 1885 e faleceu na capital de São Paulo, em 23 de março de 1956, sendo sepultado na Catedral Metropolitana de Cuiabá.

Entrou para o noviciado dos Padres Salesianos de Dom Bosco na bucólica chácara do Coxipó da Ponte, o primeiro viveiro de vocações sacerdotais no Estado, onde, a 19 de março de 1903, tomou o hábito tolar, recebendo-o em comovedora cerimônia das mãos do Reverendo Padre Antônio Mallan, inspetor dos Salesianos.

Após concluir seus estudos secundários, embarcou para Roma ode doutorou em Filosofia na célebre Academia de Santo Tomás de Aquino, a 17 de maio de 1917 e, a 17 de outubro de 1908, recebeu láurea de Doutor em Teologia, na Universidade Gregoriana.

Foram seus pais o Comendador Antônio Tomás de Aquino Correia, natural de Goiás e dona Maria de Aleluia Godie de Aquino Correia, do mesmo estado.

Em Roma recebeu as ordens menores e maiores, ordenando-se presbítero em 1909, celebrando a primeira missa na Basílica do Vaticano. Em 1910 retorna a Cuiabá a fruir as delícias do amor paterno e a cantar as riquezas e glórias da terra natal.

Em 1914, aos 29 anos de idade, o Santo Padre Pio X eleva-o a dignidade episcopal como Bispo Titular de Prosíade e auxiliar do Arcebispo D. Carlos Lu´s D’Amour, que o sagrou em comovedora cerimônia realizada na Catedral de Cuiabá. Foi o bispo mais jovem do mundo católico.

Em 1917 foi eleito Presidente do Estado de Mato Grosso como candidato de conciliação, indicado pelo Presidente da República e aceito pelos partidos em luta. Governou o quatriênio constitucional 1918-1922, época de grandes dificuldades no Estado. Fundou o Instituto Histórico, sendo seu Presidente e a Academia Mato-grossense de Letras – “Casa Barão de Melgaço” onde ocupou a cadeira nº 4 que teve como patrono o Padre José Manuel de Siqueira. Resolveu a questão dos limites entre Mato Grosso e Goiás.

Em 1938 representa o Brasil na Conferência de Educação em Genebra, apresentando seu Relatório de Evento, publicado pela Imprensa Nacional.

Deus, Pátria e Amor a Mato Grosso foram inspirações de inúmeras produções poéticas notabilizando-o como poeta e orador.

Quer na tribuna, quer na profana, os seus discursos foram modelos de perfeição ficando deles três volumes escritos.

Era oficial da Ordem do Mérito Naval e Comendador da Ordem do Mérito Militar.

Publicou: “A Fronteira de Mato Grosso e Goiás”, ”Odes”, 2 volumes de poesias “Terra Natal”, “Discursos”, “Uma Flor do Clero Cuiabano”, “Nova et Vetera”.

Homem culto, fino poeta, gentleman, foi Dom Aquino, sem dúvida, o maior incentivador da cultura mato-grossense.

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