CADEIRA 22

O presidente Juscelino não titubeou quando precisou de um grande comandante para realizar a velha obsessão que o perseguia, a ligação do Brasil por dentro, a construção da rodovia Belém-Brasília., rasgando floresta, rompendo homéricos obstáculos, numa região inóspita, só palmilhada por índios. Convocou Barnardo Sayão, o bandeirante do século XX,

A missão de Sayão era, não só romper aquelas plagas onde diversas expedições anteriores haviam sucumbido., mas também de criar uma zona de segurança que se estenderia por 2.100 km para introduzir o progresso e a civilização.

Sayão tinha uma filosofia própria para alcançar o objetivo: era avançar sempre, custasse o que custasse., mesmo sendo a sua própria vida, como se deu no dia 15 de janeiro de 1.959, quando uma árvore abatida cai sobre a barracão onde Sayão se encontrava com Gilberto Salgueiro e Jorge Rios. Aí Sayão teve uma perna fraturada, um braço esmigalhado e o crânio fraturado. Levantou-se, ordenou que lhe descalçassem a bota e o puseram no avião que viera trazer víveres. Foi levado à cidade mais próxima – Açailândia – pequena e sem recursos.

Não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer.